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Lula participa de reunião do G77 em Havana e tem reunião com presidente de Cuba
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O G77 é formado por países que estão em desenvolvimento. O presidente Lula deve seguir ainda neste sábado (16) para Nova York, onde participará da Assembleia-geral da ONU na terça-feira (19).
- Por Camilla Ribeiro
- 16/09/2023 17h33 - Atualizado há 1 ano
O presidente Lula (PT) participou neste sábado (16), em Havana, da reunião de líderes do G77, grupo é composto por países em desenvolvimento que integram o sistema das Nações Unidas (ONU). A China também teve representante no encontro.
Lula também participará de uma reunião separada com o presidente de Cuba, Miguel Díaz- Canel.
Díaz- Canel é líder do regime de esquerda, que governa a ilha caribenha desde 1959, é um dos principais aliados na América Latina do presidente brasileiro. Lula faz críticas do embargo dos Estados Unidos à Cuba.
Lula inclusive externou essa crítica, durante discurso na cúpula. Ele disse que Cuba é "vítima" de um embargo econômico que classificou como "ilegal".
Agenda do presidente em Havana
O presidente chegou em Havana, capital de Cuba, na noite de sexta-feira (15). Ainda pela manhã, participou da cúpula do G77.
De acordo com o governo brasileiro, o grupo foi fundado em 1964 para que países que estão em desenvolvimento pudessem fazer defesa das suas posições diante das nações industrializadas.
O G77 possui 133 integrantes atualmente, mais a China, que oferece apoio financeiro e político ao grupo.
Segundo o Itamaraty, os representantes dos países irão debater alternativas para o crescimento econômico e o combate às mudanças climáticas no mundo.
O presidente também participou de reunião com o diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu.
Lula disse, em uma rede social, que os dois discutiram medidas para o enfrentamento à fome e à pobreza.
O petista também afirmou que levará essa pauta para discussão no G20, no Brics e na COP 30, que será realizada no estado do Pará.
Durante a tarde, após a cúpula, o petista foi recebido no Palácio da Revolução por Díaz-Canel. Os chefes de Estado pretendem reforçar as relações entre os dois países, que se afastaram durante a gestão de Jair Bolsonaro (2019-2022).
Agenda do presidente em Nova York
Lula chega na noite deste sábado (16) a Nova York. Na próxima terça-feira (19), o presidente fará o discurso de abertura da Assembleia-Geral da ONU.
A tradição manda que o representante do Brasil inicie o debate de chefes de Estado e de governo dos países que integram a ONU.
Depois de 14 anos, Lula voltará a participar de uma assembleia-geral. O último discurso dele no evento foi em 2009.
Ao retornar, o presidente deve abordar temas que vem defendendo em outras viagens internacionais, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU, o combate à desigualdade e a ajuda de financiamento, por parte de países ricos, para preservar florestas.
Lula também deve se encontrar em Nova York, na quarta-feira (20) com o presidente dos EUA, Joe Biden para lançar uma iniciativa voltada ao incentivo do chamado "trabalho decente".
Esse conceito faz parte da lista de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o conceito leva em conta uma série de indicadores, como oportunidades de emprego, rendimentos, jornada e trabalho análogo à escravidão.